Perda de criatividade das crianças causado pelo ensino

A famosa interrogação "Será que as escolas matam a criatividade?" surgiu em 2006 pelo educador e autor de inúmeros livros, Ken Robinson na sua palestra TED.

A ideia central da mesma baseia-se no facto de que o atual sistema educativo põe de parte a criatividade e curiosidade natural das crianças, submetendo-as a um sistema estritamente unidimensional, referindo também que este modelo, na pior das hipóteses, acaba por destruir as nossas qualidades naturais, pois a partir do momento em que entram na escola, é imposto que as suas paixões, observações e interesses não importam, mas apenas e unicamente o que é dado como certo, excluindo o abstrato.

Robinson também afirma que a educação é forçada, através do seu artigo "A escola é uma prisão e está destruindo nossas crianças". Ele parte do principio que as crianças de 5 ou 6 anos de idade, quando entram em contacto com o ensino, não é por opção delas, apenas são trazidas pelo nosso sistema educativo, obrigando-as a se distanciarem do seu mundo criativo e abstrato, entrando de forma agressiva num mundo autoritário, no qual tudo o que lhes é transmitido é correto e não pode ser questionado. Desta forma, a criança sai do ambiente que lhe é apropriado e interessante para algo completamente distinto, e que pode vir a ser visto como aborrecido e maçante, que é algo que pode ser observado bastante nos dias de hoje.

Para além de Ken Robinson existem vários outros defensores de que as escolas retiram a criatividade das crianças, tais como Alison Gopnik, em que este afirma que um professor pode ensinar o aluno a tirar conclusões sobre respostas especificas mais rapidamente, mas que, no entanto, este método acaba com o sentido criativo, pois não estimula a ação de "ir á procura" ou pensar por si mesmas, não permitindo a pesquisa autónoma e consequentemente acabando com a possibilidade de identificar problemas e criar novas soluções para os mesmos.

Concluindo, é necessário que haja uma mudança para que possa haver um desenvolvimento adequado de uma sociedade mais criativa, curiosa, "fora da caixa". Esta mudança deve basear-se na alteração do atual sistema de ensino, no sentido de conservar algo natural e tão abundante na nossa infância como a criatividade. 

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